A Polícia Federal (PF), a Secretaria de Previdência e o
Ministério Público Federal (MPF) integram a força-tarefa que deflagrou a
Operação Viúvo Negro, na manhã desta sexta-feira (7). O objetivo da operação é
desarticular organização criminosa que vinha fraudando benefícios
previdenciários de pensão por morte.
De acordo com a Polícia Federal, estão sendo cumpridos dois
mandados de prisão preventiva, três mandados de condução coercitiva e dez de
busca e apreensão. A Justiça determinou também o bloqueio de bens dos
investigados, cujos valores reverterão para ressarcimento ao erário.
A Secretaria de Previdência estima o prejuízo causado aos
cofres públicos em torno de R$ 5 milhões, valores estes que, se os benefícios
continuassem ativos, poderiam chegar a quase R$ 18 milhões.
Segundo a PF, as investigações foram iniciadas em 2015 e abrangeram
fatos ocorridos em Fortaleza e Região Metropolitana, além de Santa Quitéria e
Reriutaba, também no estado do Ceará. Foram identificados dois mentores do
esquema, um empresário e um contador. Este último já responde a processos por
receptação, associação criminosa e lesão corporal dolosa.
Os presos ficarão à disposição da Justiça Federal, na
Superintendência Regional de Polícia Federal no Estado do Ceará, e serão
indiciados, conforme sua atuação no esquema, pelos crimes de estelionato
previdenciário, associação criminosa, falsificação de documento público,
falsificação de documento particular e falsidade ideológica, com penas que
variam de um a seis anos de reclusão.